terça-feira, 18 de agosto de 2020

Para refeltir!

“... Você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Esse é o eu. E o outro centro, que é criado pela sociedade - o ego. Esse é algo falso - é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo.
... Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a não ser que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no falso centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o eu.
... Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas...
... Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas. Esse centro é a sua alma, o eu.
... O ego é o inferno. Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento.
... E assim as pessoas se tornam dependentes, umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ele deixa de ser um escravo.
Tente entender isso. E comece a procurar o ego - não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que o falso centro entrou em choque com alguém.
Você esperava algo e isso não aconteceu. Você espera algo e justamente o contrário aconteceu - seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.
As causas não estão fora de você.
A causa básica está dentro de você - mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta: 'Quem está me tornando infeliz’? 'Quem está causando a minha raiva’? 'Quem está causando a minha angústia’?
Se você olhar para fora, você não perceberá. Simplesmente feche os olhos e sempre olhe para dentro. A origem de toda a infelicidade, da raiva e da angústia, está oculta dentro de você, é o seu ego.
... Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria - então ela simplesmente desaparece.
... É difícil ver o próprio ego. É muito fácil ver o ego nos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.
Tente ver o seu próprio ego. Simplesmente o observe.
Não tenha pressa em abandoná-lo, simplesmente o observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Porque não existe outra maneira. Você não pode abandoná-lo antes do tempo. Ele cai exatamente como uma folha seca.
Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo... e então o verdadeiro centro surge.
E esse centro verdadeiro é a alma, o eu, o deus, a verdade, ou como quiser chamá-lo”...


OSHO, Além das Fronteiras da Mente.

Sejam sempre bem vindos! Carla de Castro

quarta-feira, 3 de junho de 2020

O SER E A ESSÊNCIA

Estamos em 03.06.2020, a Terra não é mais o planeta de antes, a humanidade foi atingida por um 
inimigo invisível que escolhe suas vítimas aleatoriamente e mata ou dá redenção sem explicação ou sentido. Estamos isolados, vendo o mundo por meio da tecnologia, telas nunca foram tão importantes como hoje, elas são nossas janelas para o mundo exterior.

A despeito de todo o caos causado por esse inimigo em nossas vidas, a materialidade e os modelos de consumismo estão ameaçados, a economia parou, não porque houve uma guerra, mas porque fomos atacados pela cegueira dos nossos próprios atos.

Enquanto uma parte da sociedade ascendia, devido ao acesso privilegiado a bens de consumo, cultura, arte, viagens, moradias, alimentação, educação, a maioria tentava sobreviver com os recursos escassos que lhe eram destinados. O excluído do círculo ascendente tem pouco ou nenhum acesso a bens de consumo, moradia, alimentação, ou seja, ao básico para uma vida digna.

Mas os ascensos sociais não se importavam, o essencial era sua vitória acima de todos e os bens que ostentavam. Essa classe excluída, maioria da população mundial, assistia ao mundo maravilhoso pelas telas da tecnologia. E continuavam suas vidas morando como podiam, aprendendo como podiam e comendo o que podiam, inclusive morcegos contaminados. Nem todos têm o privilégio ou recurso para comer alimentos saudáveis.

No entanto, os privilegiados esqueceram que o contato humano é necessário, mesmo que você vire a cara para o mendigo na rua ou para o atendente de num estabelecimento comercial aquele ser existe e respira, todos compartilhamos o mesmo ar. Agora, entendemos que viver em condições precárias não é bom para ninguém, porque quando há uma Pandemia todos são atingidos.   

Falta à população mundial enxergar a vida com essência de alma, com olhos de amor e verdade. Não dá para viver num mundo, onde alguns têm muito em detrimento a outros que não têm nada. Não dá para viver do trabalho do outro, não dá para viver do sofrimento e da exploração do outro. O preço é alto e é cobrado. Não porque existe um Deus onipotente que nos castiga, mas porque existem Leis Universais que devem ser cumpridas. O meio ambiente agoniza, a humanidade agoniza, o Planeta agoniza. Tudo é equilíbrio, basta observar a natureza nesse momento, nada parou. Os dias e as noites acontecem, os pássaros voam, as árvores estão no mesmo lugar, as montanhas, os mares mantêm seu equilíbrio, nada mudou. Esse equilíbrio é o que o que falta aos seres humanos e mesmo diante de todo o caos, mantivemos nosso desequilíbrio social.


Vamos acordar para o momento, vamos entender o que fizemos de errado e que gerou todo esse caos, não, NADA VAI PASSAR, estamos entrando em um novo momento, NADA SERÁ COMO ANTES.  Erramos muitos e se não houver uma mudança interna, uma mudança de pensamento, um abrir de consciência enquanto seres que compartilham um planeta com outros seres, principalmente com os iguais a nós, esse abismo que se abriu só tende a se aprofundar.

Sejam sempre bem vindos! Carla de Castro